segunda-feira, 22 de junho de 2009

Soneto do amor indecifrável

Maria Carolina Medeiros

Tantas tentativas de definição
Tantas noites sem dormir
Tantas perguntas sem respostas
Tantos caminhos, qual seguir?

Busca desenfreada
Sentimento que consome
Há razão no que sinto?
Mal sei o nome

O que é amor, afinal?
Dizem que é amor de mãe e pai
Dizem que é fraternal e por vezes, carnal

Não busco mais respostas
Nem caminho a seguir
Melhor não entender... só sentir.

domingo, 14 de junho de 2009

Do que é feito o seu Dia dos Namorados?

Por Maria Carolina Medeiros

O Dia dos Namorados passou e li sobre a data em muitos blogs que acompanho (vocês podem ler também na seção “Dê uma espiadinha”, no lado direito da página). Li sobre a comemoração de casais apaixonados. Li a respeito de solteiros fizeram questão de celebrar, nem que fosse entre amigos. Li textos de quem está na fossa e agora respira aliviado porque o dia 12 de junho já passou, ufa.

E eu? Bem, eu sou entusiasta do amor. Acho que os melhores momentos da vida a gente vive quando se apaixona. E não só quando se apaixona por alguém, mas também por um assunto, uma ideia, um objetivo a ser alcançado. Ser apaixonado pela vida, por celebrar com os amigos, por rir de pequenas bobagens, por viajar e descobrir novos lugares... a paixão, seja em que área da vida estiver, estimula, traz boas energias, revigora.

Alguns acham que sentir-se permanentemente apaixonado é utopia. Dizem que a paixão é finita, que chega uma hora em que acaba. Para mim, quem vive sem paixão é que está acabado, morreu e nem sabe. Porque é ela que nos faz sentir vivos, que traz a sensação inigualável de que algo pulsa aqui dentro. É a paixão que anima, que motiva, que dá razão para acordar e pular da cama todos os dias.

No entanto, acredito que a paixão que não acaba, aquela que não tem “prazo de validade”, é também a que exige reconquista permanente. E reconquistar significa valorizar pequenos momentos e gestos, como trocar presentes no Dia dos Namorados, por que não?

Acho esquisito casais que estão juntos há algum tempo (na maioria das vezes, casados) e que por isso sentem-se “desobrigados” de comemorar a data. Bem, de fato “sentir-se na obrigação de” não é bem a expressão que eu gostaria de ouvir do meu namorado neste dia... mas não é estranho que algumas pessoas simplesmente não liguem? Concordo que é uma data comercial, que Dia dos Namorados pode ser todo dia etc etc... mas acho natural e válido, eu diria até imprescindível, que um casal aproveite a data para celebrar o amor que os une.

Eu não sou diferente e programei várias coisas bacanas pra esse Dia dos Namorados. Sim, eu queria comemorar essa data puramente capitalista, em que sair pra jantar às vezes se torna o maior programa de índio do universo, mas que mal tem? Ocorre que imprevistos de última hora impossibilitaram a comemoração prevista, e aí entra o clichê mais verdadeiro do mundo: quando se está apaixonado, o importante é estar junto.

Acredito que paixão pode ser permanente, sim. E para que isto aconteça, defendo o equilíbrio: não é porque um casal está junto há anos que vai comemorar o Dia dos Namorados como se fosse outro qualquer. É bacana aproveitar pra relembrar o quanto aquela data tem motivos para ser celebrada. Ao mesmo tempo, se isso não for possível por um motivo qualquer, que não seja o fim do mundo.

Presentes e gran finales são força motriz de uma relação apaixonadamente duradoura. Mas um casal em sintonia sabe o que funciona para si: seja um jantar à luz de velas ou uma companhia no travesseiro.