terça-feira, 28 de abril de 2009

O fim, ou o começo

28.04.09 - por Carol Medeiros

Quando um relacionamento acaba, quase sempre dá aquela sensação de vazio. A gente namora alguém por alguma razão, ou por várias. Sempre tem alguma coisa naquela pessoa que te agrada, te encanta ou te completa, mas às vezes essa sensação tem prazo de validade e, uma hora, acaba.

O que fazer, então, com o que resta? Não estou falando de paixões mal resolvidas ou amores inacabados. Independe de restar sentimento de uma das partes. Tampouco estou falando da dor do abandono que um dos dois (ou ambos) pode vir a sentir. Me refiro ao que fica quando um namoro termina, a gente querendo ou não, sofrendo ou não: o aprendizado.

Não vou dar uma de Poliana, a menina que sempre via o lado bom das coisas, mas acredito que todo relacionamento nos ensina algo. Seja sobre a vida, sobre os outros, mas o principal é o que aprendemos sobre nós mesmos em cada relação, e aí incluo amizade, família, todo tipo de convivência, escolhida ou imposta.
O que aprendemos ao fim de um relacionamento fica especialmente claro quando a história acaba de verdade, quando não sobram nem ressentimentos.

Dia desses li uma frase de Deepak Chopra que dizia: “Seja qual for o relacionamento que você atraiu para dentro da sua vida numa determinada época, ele foi aquilo que você precisava naquele momento”. Achei essa citação sensacional e concordo plenamente com ela. A gente atrai o que quer ou o que precisa, mesmo que não tenha consciência disso no momento em que vive algo.

Após alguns anos de terapia, me sinto segura para avaliar meu comportamento durante e após meus relacionamentos. E posso dizer que cada um deles foi fundamental para me ajudar a entender minha forma de agir perante muitas coisas na vida. E a gente só adquire essa capacidade quando tudo se torna bem-resolvido, página virada.

Acho estranho pessoas que não têm nem carinho por aqueles que fizeram parte de sua vida. Lógico que há um limite, afinal, pode ter sido alguém significativo, mas FOI, é passado, que fique claro. Mas é inegável que os relacionamentos que tivemos ao longo da vida deixam uma carga de aprendizado inestimável. Aprendizado este que certamente contribuiu para que eu hoje pense em viver a vida toda com a pessoa que está ao meu lado e com quem tanto já aprendi em tão pouco tempo.

É por ser grata pelas histórias que vivi, pelas dores que senti, mas por tudo o que aprendi (até rimou), de bom e de ruim, que me dá certa tristeza perceber que nem todo mundo encara o término dessa forma. Lamento de verdade, acho triste quando alguém que colaborou em algum momento pro seu aprendizado como pessoa, não encara o que passou do mesmo modo. Cada um lida com o que resta da sua forma, e é fundamental entender também isso para seguir adiante. Eu lamento, mas continuo grata, pois os relacionamentos e as pessoas se foram, mas o aprendizado ficou.

7 comentários:

Marcela Berlandez disse...

Boa Carol! No ponto. ; )

bjos

Gabriel Melsert disse...

Haja amor!!!!!!!!!

Beijão!

Cris disse...

Well...

Eu sempre parti do principio do que vale sempre é a amizade. Eu nao consigo entender o porque de um término virar inimizade. Para isso existe tantos motivos, não tendo ocorrido necessariamente um mal. Acho que tudo é válido, se escolhemos alguem para estar no nosso lado, foi alguem que sempre partilhou e compartilhou. Nunca devemos fechar portas pois nao sabemos o dia de amanha.

Cris disse...

bjs e obrigada por td
Cris

Anônimo disse...

Carola,
Muito bem escrito e concordo com vc e Deepak quando o assunto eh atrair aquilo que se busca (meio que incosciente) no momento.
Mais um post que desce redondo ;)

bjao e te vejo na ABL!

giglio

Elisangela Martins disse...

Carol!!
Fenomenal o texto!!!
Parabéns!! Amei.

Beijos

Priscilla Palladino disse...

ARRASOU!