por Maria Carolina Medeiros
Estou numa fase de refletir tanto que uma simples ida ao supermercado me faz pensar sobre a vida e as pessoas. E hoje, em meio às tentativas de escolher as melhores frutas e verduras, e tendo de me virar pra passar com o meu carrinho no meio de outros que atravancavam meu caminho, me dei conta da dificuldade que as pessoas têm de respeitar o espaço alheio.
Enquanto eu praticamente traçava uma estratégia logística para chegar a cada seção que eu queria, deixando ora o meu carrinho encostado no balcão, ora no cantinho, mas nunca largado no meio do corredor, as pessoas caminhavam displicentemente, deixando suas compras atrapalharem, sem o menor pudor, qualquer um que estivesse lá pelo mesmo motivo.
Tá bom, sei que pra muita gente ir ao supermercado é terapia, quase um momento de lazer, curtido com tranqüilidade. Embora não seja o meu perfil, eu compreendo – e viva a diferença! Mas o fato de ser um hobby para alguns, sinceramente, não justifica em nada a falta de educação. Sem o menor constrangimento, o tempo todo pessoas desrespeitam o espaço do outro em locais onde, supostamente, devemos conviver civilizadamente.
É claro que nem de longe isso acontece só em supermercados. No cinema, canso de sentar engolindo a tela, ou mesmo desisto de ver um filme, porque mesmo tendo lugares vazios mais pra trás, acabam separados por casaizinhos sem noção, que deixam uma poltrona vazia de cada lado e, com esse gesto, impedem outros casais, ou duplas, ou quem quer que seja que não vá sozinho, de se sentar juntos.
Em dias de sol, seres desprivilegiados de educação lotam as praias sentando-se a esmo. Considerar que se chegassem um pouco pro lado, caberia mais alguém? Ah, é pedir demais. Estacionar na delimitação da vaga pra que seu vizinho também possa parar o carro? Ah, fala sério.
Ampliando a discussão, há também o limite nos relacionamentos (adoro). Respeitar e não invadir o espaço do companheiro é bem difícil de pôr em prática, mas precisa existir. Fuxicar o celular em busca de pistas sobre o que o outro faz quando não está com você, vigiar orkut, querer controlar emails, tudo isso é falta de respeito, não só em relação ao espaço alheio, mas também em relação ao parceiro.
Todos temos uma vida que não inclui somente a pessoa que amamos: existem amigos, trabalho, família. E quando o outro quer centralizar tudo nele, no fundo (sem se dar conta), está cavando a cova da relação: acabamos por deixar de ser a pessoa por quem ele se apaixonou. Não caia nessa. Se você mudar, ele vai se desinteressar sem nem saber por que.
Não respeitar o espaço alheio, seja físico ou emocional, é sempre muito tentador. Respeitar dá trabalho. Mas quem falou que ia ser fácil?
Enquanto eu praticamente traçava uma estratégia logística para chegar a cada seção que eu queria, deixando ora o meu carrinho encostado no balcão, ora no cantinho, mas nunca largado no meio do corredor, as pessoas caminhavam displicentemente, deixando suas compras atrapalharem, sem o menor pudor, qualquer um que estivesse lá pelo mesmo motivo.
Tá bom, sei que pra muita gente ir ao supermercado é terapia, quase um momento de lazer, curtido com tranqüilidade. Embora não seja o meu perfil, eu compreendo – e viva a diferença! Mas o fato de ser um hobby para alguns, sinceramente, não justifica em nada a falta de educação. Sem o menor constrangimento, o tempo todo pessoas desrespeitam o espaço do outro em locais onde, supostamente, devemos conviver civilizadamente.
É claro que nem de longe isso acontece só em supermercados. No cinema, canso de sentar engolindo a tela, ou mesmo desisto de ver um filme, porque mesmo tendo lugares vazios mais pra trás, acabam separados por casaizinhos sem noção, que deixam uma poltrona vazia de cada lado e, com esse gesto, impedem outros casais, ou duplas, ou quem quer que seja que não vá sozinho, de se sentar juntos.
Em dias de sol, seres desprivilegiados de educação lotam as praias sentando-se a esmo. Considerar que se chegassem um pouco pro lado, caberia mais alguém? Ah, é pedir demais. Estacionar na delimitação da vaga pra que seu vizinho também possa parar o carro? Ah, fala sério.
Ampliando a discussão, há também o limite nos relacionamentos (adoro). Respeitar e não invadir o espaço do companheiro é bem difícil de pôr em prática, mas precisa existir. Fuxicar o celular em busca de pistas sobre o que o outro faz quando não está com você, vigiar orkut, querer controlar emails, tudo isso é falta de respeito, não só em relação ao espaço alheio, mas também em relação ao parceiro.
Todos temos uma vida que não inclui somente a pessoa que amamos: existem amigos, trabalho, família. E quando o outro quer centralizar tudo nele, no fundo (sem se dar conta), está cavando a cova da relação: acabamos por deixar de ser a pessoa por quem ele se apaixonou. Não caia nessa. Se você mudar, ele vai se desinteressar sem nem saber por que.
Não respeitar o espaço alheio, seja físico ou emocional, é sempre muito tentador. Respeitar dá trabalho. Mas quem falou que ia ser fácil?
6 comentários:
Concordo plenamente! A gente quer sempre estar no controle de tudo! Parabéns pelo seu blog, acompanho sempre!
Por isso que eu não vou ao super mercado, nem à praia, nem ao cinema... mas namoro, aí vc me pegou!
Esse mundo é mesmo louco. Saber lidar com esses doidos é uma arte! ahahah
até temos algumas exceções, rs, mas que tem mt doido nesse mundo tem!! rs
ps.: esse vinho com batata ta bombando!!!!!! rs
mt bom!!!
bjs
Raphael Leta
Eu acho que é culpa do Twitter. As pessoas se sentem meio frustradas com a falta de espaço do software e vão descontar no Wall Mart... #piada
Nós pensamos mt igual.. Excelente!!
#beijosteadoro
Amiga, AMO ler essas tuas impressões do mundo!
Quando foi que educação virou artigo de luxo?
Faz um post desses, eu ia adorar ler!!!
Bjooooooo!
Muitas vezes é difícil para quem vive um relacionamento entender que cada um tem sua própria vida e está aqui para ter seus erros, acertos, vitórias e derrotas, ou seja, sua própria história.
Um relacionamento é saudável quando cada um vive a sua vida com um objetivo em comum, serem felizes juntos. Quando a visão é distorcida para "viverem a mesma vida", na minha opinião, é quando o espaço do outro é geralmente desrespeitado.
Postar um comentário