28.04.09 - por Carol Medeiros
Penso em escrever esse texto há algum tempo e sempre adio porque me lembro daqueles que convivem (ou conviveram) comigo e que vão achar que escrevi para eles, ou falando deles. Mas hoje a falta de semancol de terceiros foi tão absurda que eu não resisto. E se você que me lê achar que o “se manca” do dia é para você, então você tem motivos para comemorar, porque:
1) provavelmente é mesmo.
2) ao perceber que você se enquadra no que vou descrever, você está adquirindo, aos poucos, o semancol que te faltou ao longo da vida e poderá ser poupado de tal vexame nos próximos textos.
A falta de semancol se manifesta nas pessoas de diversas formas, e uma das mais acentuadas é no telefone, cujos usuários padecem da falta de semancol crônica. O 1º texto da série “OS SEM-NOÇÃO” é dedicado a eles, aqueles que consideram que telefone é feito para qualquer coisa, EXCETO para uma comunicação objetiva, eficaz e, acima de tudo, educada entre os seres da mesma espécie.
OS USUÁRIOS DE NEXTEL
OS USUÁRIOS DE NEXTEL
Me sinto extremamente confortável para falar sobre o assunto porque yes, eu também tenho Nextel! E acho um saco aquele bip-bip, mas o custo-benefício de fato compensa. A diferença entre eu e os que não se mancam é que eu compreendo a atividade-fim de um telefone (sim, um modelo aprimorado daquele que Graham Bell inventou) e entendo que deve ser usado como tal.
Quando “passo um rádio” para alguém em vez de ligar, o faço SEM VIVA VOZ, porque além de o maldito alto-faltante incomodar quem está ao lado e não quer ouvir a minha conversa (sim, isso incomoda os outros!), também acho uma tremenda falta de respeito com a pessoa que está do outro lado da linha e pode falar algo pessoal sem saber que está sendo ouvida por outros tantos, além de você (que é a única pessoa com quem ela quer falar naquele momento, caso contrário, faria uma teleconferência em vez de te ligar). Juro, me contorço quando alguém usa Nextel no viva voz perto de mim. Se for amigo (e meus amigos me conhecem bem para saber que sou mesmo capaz disso), lanço meu olhar fulminante. Se não for... bem, aí eu me controlo. Mas um dia eu ataco um, ah, se ataco!
OS SOFREDORES DA SÍNDROME DO “EU PERGUNTO, MAS NÃO ESCUTO”
Gente, eu sei que eu falo a beça. Mas quando eu ligo para alguém e PERGUNTO se a pessoa está ocupada, eu REALMENTE vou considerar um “sim” como uma direta para que eu ligue em outro momento. Que opção existe, que não esta? Eu não entendo quem me liga, pergunta se eu estou ocupada e, ao me ouvir responder afirmativamente, ignora o que eu disse e desanda a falar como se eu tivesse dito “pode falar, tenho todo o tempo do mundo para você, honey”. Eu, hein?!
Nesse rol também estão aqueles que te acordam e perguntam “tava dormindo?”. Nesse caso, tem quem prefira já emendar o papo mesmo, afinal, já foi acordado. Mas tem pessoas que, ainda sob efeito do sono, não querem mesmo conversar naquela hora. Só que a elas, coitadas, geralmente não é dada esta opção. O inconveniente que ligou e te acordou provavelmente vai querer esticar o papo sem se importar se você compartilha do mesmo interesse.
Nota de esclarecimento: quem faz isso comigo corre sérios riscos de eu dormir com o telefone no ouvido.
Nota de esclarecimento 2: se eu disser que sim, que posso falar, você é mesmo importante para mim. :)
OS CARENTES – ou QUEM NÃO SABE FALAR AO TELEFONE
OS CARENTES – ou QUEM NÃO SABE FALAR AO TELEFONE
Hoje em dia quase ninguém usa mais telefone convencional. Na minha casa mesmo, em geral eu deixo tocar e penso que, se for para mim, a pessoa vai ligar no celular (vergonha...rs). Adotei essa estratégia depois de inúmeras vezes em que eu estava de fato ocupada, parei para atender ao telefone e se sucedeu um diálogo mais ou menos assim:
- Alô, quem está falando? (ODEIO com todas as minhas forças pessoas que perguntam isso. Será que ninguém as ensinou como funciona? Se você liga pra minha casa, identifique-se primeiro antes de perguntar com quem está falando. Simples assim)
- É a Carol. (já sem muita paciência pois, como eu disse antes, parei algo de importante para atender a uma ligação que não era para mim – daí a tática de esperar que liguem pro meu celular)
- Oi, é a tia fulana das couves. Eu queria falar com a sua mãe porque meu neto vai fazer aniversário e blá blá blá... (pausa para respirar e segurar a vontade de perguntar “e o que eu tenho com isso?”. Como sou uma lady, jamais faria tal comentário. hahaha).
- É a Carol. (já sem muita paciência pois, como eu disse antes, parei algo de importante para atender a uma ligação que não era para mim – daí a tática de esperar que liguem pro meu celular)
- Oi, é a tia fulana das couves. Eu queria falar com a sua mãe porque meu neto vai fazer aniversário e blá blá blá... (pausa para respirar e segurar a vontade de perguntar “e o que eu tenho com isso?”. Como sou uma lady, jamais faria tal comentário. hahaha).
O que eu realmente não entendo é porque a pessoa economiza palavras quando devia falar (dizendo quem ela é em vez de perguntar “quem tá falando” quando ELA ligou para a minha casa), mas resolve contar toda a sua vida sem saber se me interessa. Nesse contexto eu também incluo pessoas que querem falar com a minha mãe e nem perguntam se ela está, já partem pro ataque (contar histórias) com a vítima que atendeu ao telefone – no caso, eu.
Por último, mas só pro texto não ficar quilométrico, e não por falta de assunto, tem aquelas pessoas que te chamam para sair (aqui cabe amigos, namorados, almoço de negócios etc) e passam o encontro INTEIRO penduradas ao telefone. Confesso que já fiz isso e admito com a maior vergonha do mundo, pois acho uma baita falta de educação, das grandes mesmo. Se você realmente não pode deixar de atender à ligação, peça muitas desculpas à pessoa que está com você e que será deixada de lado por causa do telefonema. E seja o mais breve possível. Caso contrário, fique em casa pendurada na linha em vez de sair para socializar e grudar no telefone.
Por último, mas só pro texto não ficar quilométrico, e não por falta de assunto, tem aquelas pessoas que te chamam para sair (aqui cabe amigos, namorados, almoço de negócios etc) e passam o encontro INTEIRO penduradas ao telefone. Confesso que já fiz isso e admito com a maior vergonha do mundo, pois acho uma baita falta de educação, das grandes mesmo. Se você realmente não pode deixar de atender à ligação, peça muitas desculpas à pessoa que está com você e que será deixada de lado por causa do telefonema. E seja o mais breve possível. Caso contrário, fique em casa pendurada na linha em vez de sair para socializar e grudar no telefone.
Bem, essa também pode ser uma tática para um encontro desinteressante. Mas juro que eu nunca fiz isso (risada maquiavélica).
Nota de esclarecimento 3: Paty, amiga, só me lembrei de você nessa última situação. Paguei a minha língua em alguns dos nossos almocinhos! Pode contar aqui, que eu mereço.
Aguardem os próximos textos sobre os sem-noção diversificando sua área de atuação e colaborem com histórias de vocês!
4 comentários:
Carolzita, demais... concordo 100!
Hahhahahhaha
e verdade ... ja tive que aturar carolzita no tel algns bons minutos nos nossos almocinhos da semana (estamos 2 em falta hein!!!_)...mas cale a pena, viu amiga!! Depois falamos tanto...e nossos almoçosterapia sao sempre bemmm produtivos....valem variass sessoes de analista!! Hahhahha
Amo vc amiga!
Saudadess
Bjus
Amigaaaa, já tinha lido o seu texto assim que publicou. Passei aqui pra divulgar o meu blog. Isso mesmo, resolvi fazer um também! Dá uma passadinha láhttp://roupadecadadia.blogspot.com/.
Fique à vontade pra me dar dicas e sugestões.
Bjo grande
Carol,
acho que você pode incluir na sua lista aqueles que mesmo sem falar ao telefone passam a maior parte do tempo mandando mensagens de texto. Já que é pra conversar via mensagem liga logo e resolve o problema de uma vez, né não?! hahaha
bjss
Klara
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