por Maria Carolina Medeiros
(pode parecer, mas este não é um texto sobre novela).
Na semana passada começou a nova novela das nove da Globo (vamos parar de chamar de novela das oito, porque já não começa nesse horário faz tempo), e todo mundo que assistia à “Caminho das Índias” se prometeu que não ia acompanhar a novela seguinte, para não ficar escravo de novo. Embora os primeiros capítulos de “Viver a Vida” tenham sido legais (afinal, é uma novela do Maneco), ninguém já desmarca compromissos para ver a nova novela, ao contrário do que acontecia na reta final da que acabou de acabar. É claro: por mais gostoso e com sabor de novo que seja um começo, é enorme a expectativa para o fim.
Todos esperam que o último capítulo da novela seja o melhor de todos. É por ele que esperamos. E, de acordo com o que ouço, raramente ele corresponde às expectativas. Faz todo o sentido: o que tinha para acontecer já aconteceu durante quase um ano em que a novela foi exibida. O último capítulo é só um fechamento, não é nele que coisas do outro mundo vão acontecer.
Se a vida imita a arte ou o contrário, não sei. Mas o fato é que quando um casamento termina (ou mesmo outro tipo de relacionamento), todos querem saber: houve traição? Brigaram feio? Sempre achei que ele não prestava. Ela era mesmo muita areia pro caminhãozinho dele. E por aí vai.
Não é raro perceber ares de tédio quando uma das partes envolvidas no término responde, com elegância, que não, não houve nada. Foi justamente por isso que a relação acabou: não havia mais nada, nem troca, nem emoção, nem sentimento. Acabou. Ponto.
Como se o mundo já não tivesse desgraças o suficiente, querem ouvir estórias cabeludas também sobre a vida alheia. Querem emoção, a mesma que esperam que esteja presente no último capítulo da novela quando, na verdade, a emoção aconteceu durante o tempo em que ela esteve no ar.
Boa notícia: ao fim de uma novela, sempre começa outra.
(pode parecer, mas este não é um texto sobre novela).
Na semana passada começou a nova novela das nove da Globo (vamos parar de chamar de novela das oito, porque já não começa nesse horário faz tempo), e todo mundo que assistia à “Caminho das Índias” se prometeu que não ia acompanhar a novela seguinte, para não ficar escravo de novo. Embora os primeiros capítulos de “Viver a Vida” tenham sido legais (afinal, é uma novela do Maneco), ninguém já desmarca compromissos para ver a nova novela, ao contrário do que acontecia na reta final da que acabou de acabar. É claro: por mais gostoso e com sabor de novo que seja um começo, é enorme a expectativa para o fim.
Todos esperam que o último capítulo da novela seja o melhor de todos. É por ele que esperamos. E, de acordo com o que ouço, raramente ele corresponde às expectativas. Faz todo o sentido: o que tinha para acontecer já aconteceu durante quase um ano em que a novela foi exibida. O último capítulo é só um fechamento, não é nele que coisas do outro mundo vão acontecer.
Se a vida imita a arte ou o contrário, não sei. Mas o fato é que quando um casamento termina (ou mesmo outro tipo de relacionamento), todos querem saber: houve traição? Brigaram feio? Sempre achei que ele não prestava. Ela era mesmo muita areia pro caminhãozinho dele. E por aí vai.
Não é raro perceber ares de tédio quando uma das partes envolvidas no término responde, com elegância, que não, não houve nada. Foi justamente por isso que a relação acabou: não havia mais nada, nem troca, nem emoção, nem sentimento. Acabou. Ponto.
Como se o mundo já não tivesse desgraças o suficiente, querem ouvir estórias cabeludas também sobre a vida alheia. Querem emoção, a mesma que esperam que esteja presente no último capítulo da novela quando, na verdade, a emoção aconteceu durante o tempo em que ela esteve no ar.
Boa notícia: ao fim de uma novela, sempre começa outra.
4 comentários:
a verdade é que todo mundo gosta de uma "bomba"!!!! e fazer as devidas fofocas rs
E esse livro, vem quando heim?
Estamos aguardando hehehe
Bjs e parabéns!
Raphael Leta
Será que toda vida é uma novela ou só a minha?
Tenho gostado de tudo o que leio por aqui, mas gostei desse texto em especial...
Você consegue abordar com sensibilidade os mais delicados assuntos. Parabéns! Escreva sempre, pois é muito bom "te ler"...rs Beijos, Ellen Aniszewski.
Também gostei do texto! :)
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