Sempre achei que nós, eleitores, temos a obrigação de votar consciente. Nunca votei por votar e não anulo voto de jeito nenhum. Entretanto, nunca tinha me motivado a pesquisar a fundo sobre candidatos. Mas está cada vez mais fácil se informar: a Veja tem prestado um excelente serviço à população, a exemplo do que a ONG Transparência Brasil já faz há algum tempo, mas poucos sabem.
Nessas eleições, resolvi exercer a fundo o meu direito de cidadã e assistir aos programas eleitorais (mesmo que não determinem nada), entrar em sites de candidatos para ler suas propostas, discutir sobre política, pesquisar a ficha dos que tentam se reeleger. No embalo, estou assistindo aos debates com maior empolgação e, principalmente, visão crítica. Ainda bem!
O último debate com os principais candidatos ao governo do estado do Rio de Janeiro acabou agorinha. Ao longo dos quatro blocos do programa, constatei algumas coisas. Cabral, o favorito, definitivamente é um político sabonete. Sabe aproveitar sua posição de bom orador para escorregar de simplesmente todas as perguntas relevantes que lhe são feitas.
Mesmo de terno, que nada tem a ver com seu jeito de se vestir, Gabeira imprimiu seu mau gosto em sua gravata: o que é isso, companheiro? Talvez tenha se sentido tão mal dentro da roupa que, desta vez, mal se posicionou no debate.
O destaque da noite, na minha opinião, foi o candidato Peregrino... o que é o Peregrino? Não parou de falar da casa do Cabral, me deixando com a sensação de que ele tem uma enorme dor de cotovelo por nunca ter sido convidado para ir até lá. Derrubou copo, atacou o Cabral – o que talvez tenha sido a grande vantagem de tê-lo entre os três a serem ouvidos. Mas doeu ouvi-lo dizer, por várias vezes, que a mansão do Cabral foi “resistrada"... por um minuto achei que já era quinta-feira, dia do debate com os candidatos à presidência, e que a Dilma estava discursando. Ui!
O golpe final foi o tom de “puxão de orelhas da mamãe no filhinho” que o Peregrino usou em relação ao Cabral. "Olha, Cabralzinho, isso não se faz, hein? Coisa feia!". Sim, o Cabral faz muitas coisas feias. Mas é um excelente orador, e para muitos eleitores isso basta. Infelizmente. No fim, nenhum candidato falou concretamente de suas propostas. Os eleitores perdem.
Mas perde mais quem nem se dá ao trabalho de assistir a um debate para formar sua opinião. O que mais me chamou a atenção hoje não foi o discurso dos candidatos. Enquanto eu trocava ideias sobre o debate com alguns poucos amigos com o mínimo de consciência política, a maioria esmagadora do meu facebook falava sobre a estreia do reality show “A Fazenda”, na Record.
Devemos respeitar todos os gostos, e concordo que a política nos faz rir também, mas se no último debate pra governador do Rio as pessoas dão preferência a um reality show que nem famosos tem, é porque a coisa está realmente feia. Provavelmente, essas são as mesmas pessoas que dizem que vão anular seu voto, “porque nenhum candidato presta mesmo”.
De fato, cada povo tem o governo que merece.
Pesquise sobre os candidatos em www.transparencia.org.br
Nessas eleições, resolvi exercer a fundo o meu direito de cidadã e assistir aos programas eleitorais (mesmo que não determinem nada), entrar em sites de candidatos para ler suas propostas, discutir sobre política, pesquisar a ficha dos que tentam se reeleger. No embalo, estou assistindo aos debates com maior empolgação e, principalmente, visão crítica. Ainda bem!
O último debate com os principais candidatos ao governo do estado do Rio de Janeiro acabou agorinha. Ao longo dos quatro blocos do programa, constatei algumas coisas. Cabral, o favorito, definitivamente é um político sabonete. Sabe aproveitar sua posição de bom orador para escorregar de simplesmente todas as perguntas relevantes que lhe são feitas.
Mesmo de terno, que nada tem a ver com seu jeito de se vestir, Gabeira imprimiu seu mau gosto em sua gravata: o que é isso, companheiro? Talvez tenha se sentido tão mal dentro da roupa que, desta vez, mal se posicionou no debate.
O destaque da noite, na minha opinião, foi o candidato Peregrino... o que é o Peregrino? Não parou de falar da casa do Cabral, me deixando com a sensação de que ele tem uma enorme dor de cotovelo por nunca ter sido convidado para ir até lá. Derrubou copo, atacou o Cabral – o que talvez tenha sido a grande vantagem de tê-lo entre os três a serem ouvidos. Mas doeu ouvi-lo dizer, por várias vezes, que a mansão do Cabral foi “resistrada"... por um minuto achei que já era quinta-feira, dia do debate com os candidatos à presidência, e que a Dilma estava discursando. Ui!
O golpe final foi o tom de “puxão de orelhas da mamãe no filhinho” que o Peregrino usou em relação ao Cabral. "Olha, Cabralzinho, isso não se faz, hein? Coisa feia!". Sim, o Cabral faz muitas coisas feias. Mas é um excelente orador, e para muitos eleitores isso basta. Infelizmente. No fim, nenhum candidato falou concretamente de suas propostas. Os eleitores perdem.
Mas perde mais quem nem se dá ao trabalho de assistir a um debate para formar sua opinião. O que mais me chamou a atenção hoje não foi o discurso dos candidatos. Enquanto eu trocava ideias sobre o debate com alguns poucos amigos com o mínimo de consciência política, a maioria esmagadora do meu facebook falava sobre a estreia do reality show “A Fazenda”, na Record.
Devemos respeitar todos os gostos, e concordo que a política nos faz rir também, mas se no último debate pra governador do Rio as pessoas dão preferência a um reality show que nem famosos tem, é porque a coisa está realmente feia. Provavelmente, essas são as mesmas pessoas que dizem que vão anular seu voto, “porque nenhum candidato presta mesmo”.
De fato, cada povo tem o governo que merece.
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